segunda-feira, 11 de maio de 2015

Resistências nas Artérias Uterinas e Incisura Bilateral

Durante a minha gestação, com mais ou menos 7 meses, quando estava fazendo uma ultrassonografia de rotina descobri que estava com resistência nas artérias uterinas e incisura bilateral, ou seja, o bebê não cresce e ganha peso como o esperado, pois as artérias não bombeiam sangue e oxigênio para a placenta.

Esse problema pode levar a outros no decorrer da gravidez, a mulher pode desenvolver diabetes gestacional, pressão alta, e também pode levar ao parto prematuro, o bebê não ganha peso e nem cresce o ideal para a idade gestacional.

No meu caso a minha médica indicou que eu fizesse toda semana uma ultrassom para ver o andamento do problema e também do bebê, indo ainda a consultas semanais para escutar o coração do bebê e acompanhar o desenvolvimento da gravidez. A indicação era o quanto mais ele ficar dentro do útero melhor, mais se fosse prejudicar a criança o melhor era antecipar o parto para ele se desenvolver fora do útero.

Outra coisa que tive que fazer era não comer nada com açúcar para evitar desenvolver a diabetes gestacional. E também tomar injeções diárias e AS infantil.

Com mais ou menos 33 semanas a minha placenta começou a ir para o grau II, o que já indicava que o parto seria prematuro, pois a minha placenta estava amadurecendo muito rápido, o médico me explicou que tem gestante que nem chega ao III e a minha já estava quase.

Continuei forte na minha luta em tentar fazer o bebê ganhar peso, uma coisa que me ajudou muito foi a farinha da pastoral da criança que é muito boa para nutrir. Aconselho a quem tiver com um problema semelhante consumir diariamente que trás ótimos resultados.

Quando estava com 34 semanas a minha placenta já estava no grau III, a minha médica recomendou que prestasse bastante atenção ao bebê, que se sentisse algo diferente fosse imediatamente ao consultório ou ao hospital. Pelo médico da ultrassom o melhor era já fazer o parto. Mas esperamos mais um pouco.

Quando completei exatamente oito meses, lembro que era um sábado, a minha bolsa estourou. Foi um susto. Liguei para a médica e disse para eu ir tranquila ao hospital que tudo daria certo. Detalhe, moro a mais ou menos uns 45 minutos do hospital. Mas eu e meu marido tentamos manter a calma colocar as coisas no carro e sair.

Durante o parto a minha pressão subiu, mas foi controlada por remédios. Graças a Deus tudo correu bem. O José Eduardo nasceu com 2.450 e com 44 cm. Pequeno e magrinho. Não precisou ficar na UTI apenas ficou em observação por umas 12 horas e foi para o quarto.

A pediatra me disse que era um recém nascido de exatamente 35 semanas que não estava fora do padrão. O único problema era com a glicemia, mas foi controlada.

Rapidamente ele ganhou peso e virou um bebezão, saudável e esperto.

É muito difícil descobrir um problema durante a gestação, estamos tão frágeis e preocupadas com a hora do parto e tudo muda com uma notícia que pode atrapalhar os planos de ser tudo perfeito como imaginamos.

A vida é assim, cheia de surpresas nem sempre tão agradáveis, mas o importante é que no final tudo de certo, mesmo que seja depois de muita luta e orações.

E que depois de tudo saímos do hospital levando as coisinhas mais preciosas de nossas vidas, mesmo que demore um pouquinho mais de dois ou três dias.




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